terça-feira, 6 de abril de 2010

Pensando as Relações no Trabalho

Somos seres únicos, dotados de inteligência e sensibilidade, e expressamos nossa afetividade de diversas formas, dentro e fora do ambiente de trabalho, e não há como deixarmos de lado a nossa subjetividade, onde quer que estejamos.
Construímos a nossa história de vida, marcada de momentos bons e ruins, de chegadas e partidas, de vitórias e derrotas, de perdas e conquistas. Esta bagagem carregamos sempre conosco, pois é o que possuímos de mais precioso, que dá sentido a nossa existência enquanto sujeitos sociais e culturais.
No local de trabalho, onde histórias de vida se entrecruzam, muitas coisas acontecem. Desse encontro surgem amizades, inimizades, convergências e divergências, uma vez que todas as possibilidades de relacionamento se dão por meio da identificação entre as pessoas, sejam identificações positivas ou negativas.
As identificações, tanto positivas quanto negativas, possibilitam que cada sujeito possa avaliar seu próprio modo de encarar o trabalho e a vida, encontrando nessa jornada companheiros que compartilhem suas concepções, assim como colegas que pensam de forma diferente, e até mesmo “estranhos”, que compartilham o mesmo ambiente de trabalho sem estabelecer nenhuma identificação.
Cada sujeito conhece sua história, seus defeitos e virtudes, entretanto não conhece a história do outro, apenas traça um perfil partindo do comportamento e forma de se expressar dessa pessoa, o que muitas vezes acaba por gerar conflitos, problematizando as relações dentro e até fora do trabalho. Dividir o espaço com concepções de mundo diferentes pode gerar desconforto e divergências .Somos seres providos de desejos, valores, sonhos e concepções, e é comum divergirmos.
Na impossibilidade de se encontrar soluções para os problemas de relacionamento no trabalho, a pessoa que estiver se sentindo prejudicada em seu rendimento por questões emocionais deve buscar orientação psicológica, podendo assim encontrar formas de superar as dificuldades, otimizar a relação com os colegas, melhorar seu rendimento e sua auto estima.
Relações humanas são complexas, oscilantes e ambíguas, mas podem ser também muito proveitosas e incentivadoras quando bem administradas. O trabalho deve ser uma fonte de realização, e não de sofrimento.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora

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