segunda-feira, 19 de abril de 2010

DEPRESSÃO AFETA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A depressão infantil é um transtorno do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança e interferir em seu processo de maturação psicológica e social. As manifestações da depressão na infância podem ser confundidas com birra ou falta de educação, mau humor, tristeza e agressividade. Nas crianças, a depressão pode se manifestar a partir de uma situação traumática, como separação dos pais ou a morte de uma pessoa querida, situações as quais não tenha estrutura psicológica para suportar naquele momento.
A criança com depressão pode apresentar irritabilidade, agressividade, angústia, pessimismo, baixa auto-estima e sentimento de inferioridade, Problemas para se alimentar, dificuldade de sentir prazer nas atividades que realiza, distúrbios do sono, apatia ou agitação excessiva, assim como problemas de socialização.
As crianças muitas vezes aceitam a depressão como fato natural, próprio de seu jeito de ser. Embora estejam sofrendo, não sabem que aqueles sintomas são resultado de uma doença e que podem ser aliviados. Os pais, de modo geral, custam a dar conta de que o filho precisa de ajuda, uma vez que crianças dificilmente falam sobre como estão se sentindo e que preocupações as perturbam.
Havendo a suspeita de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um psicólogo e até a um psiquiatra caso seja necessário. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes para que a criança supere a depressão.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Enfrentando a Depressão

Enfrentamos cotidianamente desafios e situações de perda que nos trazem sofrimento em alguns momentos em nossa vida. Nem sempre a perda se refere a morte ou separação, mas também por um sentimento de decepção em relação aos outros e muitas vezes, em relação a nós mesmos.
A vida nos apresenta sucessões de ganhos e perdas,e dependendo de como reagimos a essas dificuldades torna-se possível desenvolvermos ou não um quadro depressivo. Todos já passamos por experiências diversas em relação à perda no decorrer da vida, porém algumas pessoas, ao tentar suprir esta perda, recorrem às drogas, outras se envolvem em atividades maçantes como o excesso de trabalho, e até mesmo ao isolamento voluntário para não enfrentar o problema. Esses subterfúgios sedam por um breve momento a dor da existência, porém comprometem a saúde física e mental, trazendo prejuízos à sua qualidade de vida.
A depressão mistura tristeza, apatia e busca de identidade. Há um sentimento de perda, como se fosse a perda de si mesmo, de um sujeito que ficou no passado... a depressão é muito angustiante, pois o sujeito sofre, sente-se vazio, perdido, apresentando sintomas físicos como dores de cabeça e problemas gástricos, dentre outros, não conseguindo identificar o motivo, a causa do problema, o que acaba por comprometer tanto a sua saúde quanto de seus familiares... e não havendo tratamento, todos podem ficar doentes.
A psicologia busca descobrir os transtornos desencadeados pelos problemas não solucionados e reprimidos durante os estágios de amadurecimento de cada sujeito, problemas esses que em grande parte permanecem durante toda a sua vida de forma inconsciente, porém o influenciando negativamente. Através da psicoterapia, o sujeito depressivo encontra possibilidades de retomar o controle de sua vida afetiva, profissional e social.
A única forma confiável de se descobrir se uma pessoa está realmente depressiva é fazer uma avaliação junto a um profissional da área da saúde mental, que tem formação específica e poderá dar os encaminhamentos necessários para a solução do problema.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pensando as Relações no Trabalho

Somos seres únicos, dotados de inteligência e sensibilidade, e expressamos nossa afetividade de diversas formas, dentro e fora do ambiente de trabalho, e não há como deixarmos de lado a nossa subjetividade, onde quer que estejamos.
Construímos a nossa história de vida, marcada de momentos bons e ruins, de chegadas e partidas, de vitórias e derrotas, de perdas e conquistas. Esta bagagem carregamos sempre conosco, pois é o que possuímos de mais precioso, que dá sentido a nossa existência enquanto sujeitos sociais e culturais.
No local de trabalho, onde histórias de vida se entrecruzam, muitas coisas acontecem. Desse encontro surgem amizades, inimizades, convergências e divergências, uma vez que todas as possibilidades de relacionamento se dão por meio da identificação entre as pessoas, sejam identificações positivas ou negativas.
As identificações, tanto positivas quanto negativas, possibilitam que cada sujeito possa avaliar seu próprio modo de encarar o trabalho e a vida, encontrando nessa jornada companheiros que compartilhem suas concepções, assim como colegas que pensam de forma diferente, e até mesmo “estranhos”, que compartilham o mesmo ambiente de trabalho sem estabelecer nenhuma identificação.
Cada sujeito conhece sua história, seus defeitos e virtudes, entretanto não conhece a história do outro, apenas traça um perfil partindo do comportamento e forma de se expressar dessa pessoa, o que muitas vezes acaba por gerar conflitos, problematizando as relações dentro e até fora do trabalho. Dividir o espaço com concepções de mundo diferentes pode gerar desconforto e divergências .Somos seres providos de desejos, valores, sonhos e concepções, e é comum divergirmos.
Na impossibilidade de se encontrar soluções para os problemas de relacionamento no trabalho, a pessoa que estiver se sentindo prejudicada em seu rendimento por questões emocionais deve buscar orientação psicológica, podendo assim encontrar formas de superar as dificuldades, otimizar a relação com os colegas, melhorar seu rendimento e sua auto estima.
Relações humanas são complexas, oscilantes e ambíguas, mas podem ser também muito proveitosas e incentivadoras quando bem administradas. O trabalho deve ser uma fonte de realização, e não de sofrimento.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora