terça-feira, 23 de março de 2010

ADOLESCÊNCIA: AGRESSIVIDADE PODE SER SINAL DE DEPRESSÃO

Uma adolescente passa horas e horas deitada em seu quarto, músicas tristes dominam o ambiente e ela não quer conversar com ninguém. Até aqui parece ser um simples comportamento “adolescente”, mas ela não aceita sair com os amigos, está tirando notas muito baixas na escola, tem brigas constantes com a família, dificuldade para dormir, ansiedade para comer, vontade de sumir. Ela mesma não consegue entender o que se passa consigo, está desanimada, com a auto-estima baixa, sentindo-se desvalorizada e recriminada pela família que, em seu ponto de vista, também não a entende... Ela pode estar depressiva.
A depressão é sempre um problema difícil para se enfrentar e pode tornar-se ainda mais assustador quando ocorre na adolescência, uma fase da vida conturbada e repleta de transformações. Na maioria das vezes os adolescentes não conseguem entender o turbilhão de sentimentos que afloram e nem mesmo conversar sobre a sua depressão por não encontrar um interlocutor que os compreenda.
As dificuldades na escola, problemas de relacionamento com colegas, aumento da irritabilidade, agressões verbais e ameaças de suicídio podem estar associadas com a depressão na adolescência. A família deve prestar atenção no comportamento do adolescente e abrir espaço para o diálogo, encaminhando-o para um atendimento especializado, onde o psicólogo trabalhará juntamente com o paciente na superação da depressão e na ressignificação dos laços familiares, dando suporte para a família.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora

sexta-feira, 12 de março de 2010

TRISTEZA PASSAGEIRA OU DEPRESSÃO?

A tristeza é dos sentimentos humanos o mais doloroso. Todos nós tomamos contato com ela em algum momento de nossas vidas. A tristeza passageira faz parte da vida, assim como o luto, após a perda de um ente querido, onde o vazio e a angústia são superados no decorrer do tempo.
Devem-se distinguir a tristeza e o luto normais da depressão. Podemos suspeitar que uma pessoa está depressiva ao percebermos que ela sente-se triste por um período demasiado longo, deixando de ter prazer ou interesse pelas atividades que antes apreciava, apresentando alterações no seu estado de humor como agitação constante ou até mesmo apatia. É comum também o depressivo demonstrar sentimentos de culpa e desvalia, posicionando-se de forma vitimada diante da vida, podendo surgir em alguns casos pensamentos de suicídio.
A depressão, quando não tratada, pode acarretar sérios prejuízos à qualidade de vida da pessoa, causando problemas orgânicos, como distúrbios do sono, gastrites, entre outros, assim como problemas afetivos e de convívio social.
Depressão tem cura, e a melhor forma de ajudar uma pessoa depressiva é ouvir seus problemas e aconselhá-la a buscar um profissional da saúde que possa tratá-la, para que ela possa encontrar dentro de si a força que a impulsionará a retomar a sua vida, deixando para trás a depressão.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ansiedade de Separação na Infância

As crianças com Ansiedade de Separação sentem-se incapazes de permanecer em um quarto sozinhas, apresentando uma certa colagem à pessoa de forte vínculo afetivo (normalmente a mãe), e sofrem muito diante da possibilidade de ficarem separadas. A criança pode apresentar sofrimento havendo prejuízo no convívio social, escolar e outras áreas importantes, fazendo com que a criança encontre dificuldades em realizar suas atividades cotidianas normais e até manter hábitos de sono normais.
Sintomas de ansiedade são relativamente comuns em crianças, e a ansiedade patológica, incluindo o Transtorno de Separação na Infância é um problema clínico freqüente nesta faixa etária. A simples presença de medo de separar-se da mãe, pai ou qualquer outra figura de forte ligação afetiva não é um sinal de patologia emocional, é um fenômeno normal no desenvolvimento infantil, existindo naturalmente dos 10 meses de idade até a idade pré-escolar. Mas, em alguns casos, as reações de medo e ansiedade diante da separação ou perspectiva de separação podem comprometer a adaptação e o desenvolvimento infantil.
O problema fica mais grave na medida em que as famílias se acostumam com a conduta de seus filhos e não buscam atendimento especializado junto a um profissional da área da saúde mental.Os transtornos ansiosos podem ser debilitantes para crianças e adolescentes e estressantes para as famílias, podendo comprometer o desenvolvimento e o equilíbrio emocional da criança e prejudicando seu convívio familiar. Por isso, o tratamento psicológico pode ser efetivo na superação dos sintomas e na retomada de uma vida normal para a criança e sua família.

Daniela Ribas Lau
Psicóloga, Psicopedagoga e Educadora